terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que é o mal de Parkinson?

A doença de Parkinson é consequência da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Há décadas se conhecia essa substância, que contêm muita melanina - o mesmo pigmento que escurece a pele - mas não se sabia direito qual era sua função. No começo do século XX, percebeu-se que nos pacientes com Parkinson a substância negra se encontrava atrófica. Ficava com pigmentação mais clara e esmaecida, pois perdia a cor natural, quase preta dada pela melanina. Pondo algumas dessas células no microscópio, pôde verificar que elas estavam passando por um processo de degeneração.
Embora essa tenha sido a primeira observação científica sobre o mecanismo da doença de Parkinson, não se sabia ainda qual era a função dessas células. Foram necessários mais 40 anos para concluir que elas fabricavam uma substância química que funciona como neurotransmissor, a dopamina.
A dopamina é responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos. A mensagem que cada célula passa para a seguinte depende de mecanismos desse neurotransmissor. Se falta dopamina, o paciente tem grande dificuldade para realizar movimentos simultâneos.
Ele não consegue andar e conversar ao mesmo tempo nem realizar um movimento com a mão direita e outro com a esquerda. Perdidos esses automatismos, para andar precisa pensar isoladamente em cada passo e, enquanto ocupa o cérebro com isso, não consegue fazer mais nada. Portanto, um dos resultados clínicos dessa alteração bioquímica cerebral é a perda da capacidade de realizar movimentos automáticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário